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Tradicionalmente e com carácter prescritivo, Código Técnico da Edificação (CTE DBSI/DBHS), pelas características dos parques de estacionamento, é habitual em Espanha a instalação de meios de ventilação mecânica por depressão. Em função das características de cada edifício, é planeado um sistema formado por uma extensa rede de condutas de extração, com base num caudal de ar determinado.
Problemas: Excessivo volume físico de ocupação reduzindo o espaço da garagem
Excessivo volume físico de ocupação reduzindo o espaço da garagem.
Planeamento prestacional, através do sistema de ventilação por impulsos para fumo e calor originados por incêndio, suportado por software informático CFD (Computational Fluid Dynamics) e com constatação, mediante provas reais de incêndio simulado.
A necessidade de dispor de um sistema de controlo de fumos em caso de incêndio, assim como de ventilação de controlo de CO nos parques de estacionamento, está indicado no CTE Código Técnico da Edificação, onde se incorpora outra série de normas específicas (normas inglesa BS 7346-7, e belga NBN S 21-208-2), que podem ser aplicadas aos projetos de instalações para o controlo de fumo e calor em garagens.
A ventilação por impulsos é concebida com os seguintes objetivos fixados pelas normas: Facilitar a evacuação segura dos ocupantes, evacuar o fumo durante e após o incêndio e facilitar a intervenção dos serviços de extinção.
1) Planeamento do sistema, com base na normativa europeia de reconhecido prestígio.
A implementação da solução parte dos cálculos prévios com aqueles que se obtém os caudais de ar a deslocar, tanto em situação de incêndio, como em situação de ventilação no caso de extração de monóxido.
No planeamento, surge detalhado o zoneamento do sistema de ventilação para garantir que o fumo de um incêndio se mantém retido dentro da zona de controlo de fumos afetada pelo incêndio, deixando livres as rotas de escape fora dessa zona, em conjunto com o algoritmo de funcionamento do sistema de ventilação.
O sistema de ventilação por impulsos realiza um deslocamento horizontal dos fumos, criando um fluxo de ar numa determinada direção (varrimento horizontal). Para criar este varrimento, conta-se com poços de ventilação que empurram para o interior da garagem o ar recolhido do exterior (poços de impulsão), assim como ventiladores a jato que contribuem para o deslocamento e direcionamento do ar e dos fumos para a fachada oposta, onde se situam os poços que vão realizar a extração dos fumos.
O sistema de ventilação por impulsos não está apenas concebido para o seu funcionamento em caso de incêndio, como também para realizar funções de ventilação quando os níveis de CO sejam elevados. Tanto os poços como os ventiladores a jato têm capacidade para trabalhar em vários regimes de funcionamento, com o objetivo de assumir ambos os modos.
2) Verificação do correto funcionamento do sistema de impulsos planeado mediante a aplicação da ferramenta de simulação computacional FDS (Fire Dynamics Simulator).
A aplicação da simulação de incêndios no planeamento do sistema de controlo de temperatura e evacuação de fumos (SCTEH) através de software CFD (Computational Fluid Dynamics) apresenta grandes vantagens perante os métodos clássicos de cálculo analíticos adotados pela normativa.
Destaca como uma das ferramentas mais utilizadas, o FDS (Fire Dynamics Simulator), avaliado por inúmeros trabalhos de validação neste âmbito. Das simulações de incêndio obtém-se um grande número de resultados (representação 3D do fumo, planos de temperaturas, temperatura média da camada flutuante de gases quentes, o caudal de massa, visibilidade, etc.), que permitem verificar os objetivos a cumprir, tais como, facilitar a evacuação segura dos ocupantes, facilitar a intervenção dos serviços de extinção e evacuar o fumo durante ou após o incêndio.
3) Contraste da solução mediante prova real «in situ» com fumo simulado.
Para garantir uma maior segurança sobre a solução desenvolvida, pode ser realizada uma prova de fumos «in situ», ao simular os fatores reais que intervêm num incêndio, o que permitirá validar o sistema já instalado. Deve ser realizado nos cenários mais desfavoráveis para validar os resultados.
Comprovações durante as provas.
– Estabilidade da camada de fumos que permita uma evacuação com visibilidade controlada ➡ Durante o tempo de evacuação de ocupantes.
– Comprovação do nível de visibilidade para equipas profissionais de extinção de incêndios na sua intervenção ➡ Pico do incêndio (período de maior produção de fumo).
– Verificação de ausência de fumos ➡ Pós incêndio.
“PEFIPRESA, NA VANGUARDA DA ENGENHARIA EM PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS”